O Dia Internacional da Mulher é celebrado em decorrência de muitas lutas e das organizações de trabalhadores. Desde o século XIX os trabalhadores e trabalhadoras já tinham suas demandas por melhorias nas condições de trabalho e redução de carga horária, entretanto, não havia espaço para as mulheres colocarem suas necessidades específicas, como igualdade salarial e o assédio sexual em ambientes de trabalho. Até mesmo em organizações de trabalhadores elas não eram ouvidas e até vistas como afrontas.
Contudo, mesmo diante desse cenário, isso não fez com que as trabalhadoras desistissem de suas reinvindicações. Como a deputada do Partido Comunista Alemão, Clara Zetkin (1857-1933), ela permaneceu lutando pela conscientização feminina, e propôs no II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, em 1910, o Dia Internacional da Mulher, sem uma data específica. A data só foi formalizada em 1917 em uma greve que ocorreu na Rússia chamada “Pão e Paz”, e dessa greve o governo provisório concedeu o direito ao voto para as mulheres. A greve iniciou em 23 de fevereiro, do calendário juliano, que corresponde a 8 de março do calendário gregoriano – o calendário utilizado atualmente. A ONU em 1975 institui o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher simbolizando essa representação de luta e busca pela igualdade que perpassa séculos para a constituição de um mundo com mais equidade e justiça.
Redação: Ana Luiza Morais Pereira e Andressa da Silva Lacerda.
Fonte:
BLAY, E. A.. 8 de março: conquistas e controvérsias. Revista Estudos Feministas, v. 9, n. 2, p. 601–607, 2001.
https://www.tjam.jus.br/index.php/esmam-noticias/8001-8-de-marco-dia-internacional-da-mulher.